domingo, 5 de dezembro de 2010
My Revolution*
Será que o imediatismo é tão bom assim? A sociedade propaga um dinamismo que a própria massa da mesma não está acostumada. Perdem o controle e tornam-se robôs ou loucos. Agora tornou-se mais fácil parecer inteligente diante de todos. Basta ser você mesmo, sem influências hype.
Faz tempo que não escrevo. Devo aprender a escrever algo diferente de poesia senão a minha vida e este blog tornar-se-ão um completo tédio. Até porque não sou um poeta daqueles. Se nada der certo, viro cafetão da Peixoto Gomide.
Título: Don’t stop the music
Autor: Rogério Lima Corrêa
Notas invisíveis, suspensas pelo ar
Possibilitam sensível toque
Caso raro, fazer música assim
Inaudível - o zunido de sua presença
Versa, aura. Toque, solo
Tic-tac, um compasso 8x8
Mais uma guitarra aguda,
Mais dia, menos tempo
A música é curta; duelo
De egos, base, técnicas
Experiências contidas (ou reprimidas)
E o inferno chega mais perto
Com os anjos caídos de um rock
Agressivo, dotado string compulsivo
Nos condena a um calor obssessivo
A cada infeliz momento que as malditas
Notas invisíveis chocam-se umas com
As outras
Outra vez
Mais tempo, mais dia
Exista mais, quem diria
Viva sem mais, poesia
Arte não, instinto;
Logo seu toque choca-se ao meu
Som, e todas as guitarras que prometiam
Um grande show cumprem seu papel:
Chocam-se às caixas, explodem
A moral, as grades de proteção
Incendeiam os vícios, em gotas
De suor incontido
De novo, zunido
Novo, por instinto
Don’t stop the music, repeat
Diferencial nosso – distinto.
Está sem edição, mas achei tão bonitinho que vai ficar assim.
Abraços, beijos e afagos.
==========
*Título: "My Revolution, música da Misato Watanabe (1986)"
sábado, 25 de setembro de 2010
Malícia Moderna
Autor: Rogério Lima Corrêa
Vasta cósmica atemporal
Poeira de fim de tarde
Bem que nada sabem!
Filosofando demagogia
Ouro de tolos, ou são burros, ou
Fingir enxergar torna-se fácil, ou
Fazer teatro torna-se padrão, ou
Trata-se de uma praga cult operária
Desespero alheio, babilônia
Cinzenta, hiper modernista
Desgraçada medusa de concreto;
Apaixona e abate por heresia
Ondas pouco religiosas
De energias nada virtuosas
Sonora, caótica comportamental
Ninguém sente, mas todo mundo pensa
[que pensa!
Ai de quem duvida deles
Bem que bom senso sempre diz
Que sempre é mais feliz quem duvida
Do mundo em plena sexta-feira à noite!
===================
Poemas registrados e fiscalizados. Mas se quiser copiar para o seu blog, fique a vontade. Apenas avise antes, ok?
(ultimamente este blog está tão parado...)
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Pai nosso, Marginal
Detritos perpendiculam a via:
Paralela, expressa, tangente
Nasal – talvez fatal – principalmente
Nariz de palhaço – uma doce ilusão
Cosmopolita versus realidade
Todo mundo usa, alinhado
Brake lights acesos na noite Marginal
Modo incomum de falar à multidão
Sem voz alguma, apenas buzina
Ao próximo, buzina e ronco;
Duelo de impotentes afetados pelo stress
Stress! Bem lembrado e lamentado
Seduz e convence homens sãos
Torna touros todos os cidadãos
Enraivecidos, prontos a serem abatidos
Stress! De sobrenome Sol
“Calor”, seu cumprimento matutino
Missão na Terra: desunião
Inimigo: preciosos analgésicos
Fumaça, fuligem, glossário do Fu
Fusca carroça e seu motor nada polido
1500 cilindradas e um dono 1500
Vezes menos inteligente – o carro enguiçou
Novamente enfileirados, sociedade
Organizada, de incompetência engravatada
Culpa do Fusca e seu motorista
Porque todo cidadão tem seu papel
Mais fumaça, poeira, discussão?
Engarrafamentos e aroma Tietê?
Espalhe a boa nova aos presentes
Porque finda agora o expediente
==================
Bem, não preciso contar novidades, afinal a minha vida pelo visto virou jornal. Só tem uma coisa que me deixa indignado até hoje: lembram-se daquele poema dividido em 20 dias? A "dona" que me inspirou sequer dá a mínima pra mim. Amizade pelo visto tem prazo de validade. É f***...
Beijos e obrigado pela visita!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Breve descrição do Caos II
- Seu mundo é vasto e convidativo, porém incompleto. Neste lugar, não há cores ou linhas, as formas não sobrevivem; somente sua voz ecoa no éter que envolve esta paranóia simplista. Ao menos não é preciso perguntar “quem sou eu”, afinal você sabe que é um pouco de tudo e nada e muito de vice-versa. O meu mundo você já conhece.
- Não. Felizmente ou infelizmente sequer estou próxima disto.
- O meu mundo é um abismo. Enorme abismo composto pela matéria Nada. Cantinho empoeirado onde tudo se faz e nada se cria. Cataclismo. Não, calmaria. Talvez a divisão entre elevações e mundos alheios acabou por originar esta casa de número zero.
- Você se sente bem neste lugar?
- Muito bem, obrigado. Aprendi a sorrir e a aprender a importância da alegria frente à escuridão. Há, contudo, uma troca equivalente. À medida que algo é criado, o abismo expande. Quer saber?
- O que?
- Asas. Aprendi a arquitetar asas com um caro amigo arcanjo. Não sei se aprendi a voar, mas este pecado para mim se tornou divino. Mesmo expandindo vertiginosamente, abismo nenhum impedirá este jovem lunar de alcançar sua meta.
- Voar?
- Além. Materializar-me além, transpor-me sobre o sagrado por um instante, voar como flecha de aura por sobre os céus e aterrissar no mundo onde não há cores ou linhas e as formas não sobrevivem. Éter. Eternizar.
- Bobo. Estou gostando disso.
- Alegria, se lembra? Hora de impactar no breu.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Inconstante. Ou não. (parte final)
Delírio avermelhado, meu ponto forte
Intensidade ao uni-la, provando sorte
Brado a Lua: veja e reconheça
Os gatos selvagens que a acompanham pelo breu!
#Dia 16
Antes, durante e depois de um dia
De chuva - sensação ingrata de um dia
De frio - antes tarde do que nunca
Sem respostas e sem mais, devo envolvê-la
#Dia 17
Vidros já não mais separam
Os homens sim
Ruas, desencontros também;
Assim como o semáforo de suas intenções
#Dia 18
Só de observar o creme cafona
Claro bege salmão de tudo ao redor
Nada muda, apenas suja
Quero apenas sua elegância dark
#Dia 19
Just a fool on the planet
Porque este sonho compartilhado
Causa tremendo efeito colateral
Ressaca, dissimulação, vício
Sensação de jogar os olhos a frente
Do tempo - guiar nossos ombros alinhados
Executar a balança do poder, pendular
Dançar lentamente alguns sucessos
#Dia 20
=====
Este último dia não é da conta de ninguém, acho. Mesmo assim espero que tenham gostado. Abraços.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Blog do Vi... CHAR
Inconstante. Ou não. (parte 2)
#Dia 8
Espirais entrelaçadas, assim se define
O nosso bom dia combinado
Convidativo a ponto de ensolarar
Nossos lábios até o final da tarde
#Dia 9
Inacessível, postas asas em xeque
Irrecíprocas e irritadas
Insensíveis e impensadas
Incertezas ao mar dos olhos seus
#Dia 10
Mesmo gélida e irredutível, contradiz
A mais nobre das intenções para nos separar;
Outro olhar de quem desafia a incendiar
Mais uma vez, mais uma noite escondidos
#Dia 11
Novamente trata de reduzir-me
Guerra, onde sei que serei único
A ver pôr-do-sol e luar
Para nunca ver aurora próxima
#Dia 12
Desespero, o nome da noite em claro
A luz também é psicológica
Enfraquece de modo inversamente
Proporcional a multitude de pensamentos
#Dia 13
Entendimento – um toque incerto
Vamos acreditar noturnamente
Porque para anjos que choram o dia pontua:
Devemos premeditar o despreparo do porvir
#Dia 14
(Talvez duas fases em sintonia)
Sinto o seu grito contido
Prazer vem e despe regras, conflitos
Porém nada que afete nosso beijo constante
==
Em breve, vou sumir de novo. Ah, e eu estou com uma vontade enorme de viajar...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Inconstante. Ou não. (parte 1)
Título: Passos marcados para uma valsa de 20 dias
Autor: Rogério Lima Corrêa
#Dia 1
Sonhos tragados ao grito
Do vidro que separa e quebra
Com o lugar que lhe pertence
Uma cadeira cheia de vontades
#Dia 2
Vaidades armadas que declamam
Incertezas, em gestos imprecisos;
Contraste conciso e mais um toque
Iniciante pronto para o caos
#Dia 3
Verso em duelo de lâminas
Vozes em choque. Aura,
Vasta em atitudes que,
Sonhadoras, brincam pecados
#Dia 4
Perfil - visão panorâmica
Erros compartilhados por quê?
Finesse de trevas, faz-me sentir;
Farei você calar
# Dia 5
Surpresa ao rabiscá-la
Ensaiar o ensaio do anseio
De seu colo aquecido
Enegrecido. Possuído
# Dia 6
O inferno pede silêncio
Como se apenas uma provocação
Despisse barreiras tão capitais
Diante de carnais condenações
#Dia 7
Preparo minha sandice ao vê-la
Partir sete luas. Sobriedade
Rendada que, de forma escancarada
Convida meu corpo ao seu pescoço
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Nobody knows you when you're down and out*
Furthermore, o blog ficou um bom tempo parado (novidade para quem?). Explico: estou me dedicando totalmente a dois projetos. Um deles será registrado e postado aqui no início do mês que vem. O outro... Se lembra do livro que eu tanto quero lançar? Pois é.
Recentemente passei por um apuro, tentaram me assaltar. Felizmente a sorte me acompanhou. Inspirou-me. Já pensou se o episódio, além de ser visivelmente vantajoso para mim (como foi evidente hahaha), fosse assim?:
Título: O assalto
Autor: Rogério Lima Corrêa
Ponto. Cruz e ponto
Da discórdia a redenção
Qualquer dia seco e voraz
Crucifica a mais bela intenção
Versa, aura adaga. Hoje eu sou A Noite
Discordo. Secante ruído
Mais pontos ao tempo
Que disseca sem pestanejar
Decompõe-se rápido, mas quem disse?
A vida não é fácil. Abordagem
Retalhos de um momento retorcido,
Audaz, eu não quero. Ruído
Corte. Pontua o seu coração, seja vil
Não seja em minhas mãos
Veja, o dia desaparece
Como seu corpo sobre o meio-fio
Sorte, azar ou situação:
As fúteis pérolas da coragem
Vazio. Eu não quero ser
A Noite. Dissecada
Almada. Eficaz esperança
Prostituída, somado um toque
De interesse penumbral
Chega-se à justiça sustentável
Afável. Certo carinho noturno
Audaz. Ponto para a vida
Somente um de nós sobreviveria
Ao vazio. O outro transborda
Sangue novo, o seu terá destino
Todos vão para perto do esgoto, afinal
Peço desculpas. Peço tempo
Desde que não seja outra noite
Objetividade com toque
Seco. Cruz e retalho!
Como seu corpo sobre o meio-fio
Decomposto está. Amém.
===
Abraço o escambau. Não sou urso de loja de brinquedos.
-
* Letra de Jimmy Cox. Ano: 1923. Interpretada por Eric Clapton. Liza Minelli, Janis Joplin, entre outros.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Coisas que o tempo não apaga, apenas modifica o .doc ou .txt
Neste post, deixo para apreciação algumas obras inacabadas. In fact, muitos dos versos abaixo mostrados fazem parte de outras obras registradas. De minha autoria, claro.
Sem título (2006)
Autor: Rogério Lima Corrêa
Deixa-me tocar teus versos então
Percorro-te com minhas intenções
Assim como as plumas desfalecem
Sobre ti revelam-se emoções
Em meio à tempestade estamos
Trazemos confusão ao firme leito
Olhar teu entre movimentos nossos
A tempestade grita nossos nomes!
Semeamos amor
Juntos repousamos, alimentando
Tempo, tempo, tempo; sem mais sussurros
Juntos à tempestade, gritando
=
Autor: Rogério Lima Corrêa
Título: Ilimitações do ser (2007)
(Potência desvairada
Contente por
Descontentamento)
Faculdades do falso ser
Intenções dúbias para anjos
De justiça
Sonora
Que se esvai
E decompõe o vazio
Completo,
Tempestuoso,
Gritante
Consumindo a carne em voraz angústia
Perplexa com paixões
Complexa no ilimitado
Consumado está.
====
Depois de um poema decente em inglês , alguns rascunhos para detonar a expectativa por algo maior. Calma, calma... Você é mais velho (a) que eu e pode esperar mais. Abraços
Broken Truce
Título: Broken Truce
Autor: Rogério Char
(Part 1 - Dreams Come True)
Spill out the petals from
The constellation of your silence
Rise, there's something between us
Raging like a storm in a vacuum
One more turn and we're down
Against childish indecisions
Spike 'em and leave the rest up
To the winds of deep insanity
Despair - a promise never declaimed
Time is passing me by
Changing the way I feel about mankind
Wind's like a friend right now
(Part 2 - Full Open Heart Breakthrough/ Panic)
Can I show the face of your life?
Can I shine the eyes of your days?
Can I be your shield and your knife?
Then I'll guide you in many ways
Too late, you cannot stop anymore
Oddity remains the same, name of the game
Our deep locked hearts are all going down
Falling! Under an open scream of a broken truce
(Part 3 - Thrusters-like candle eyes)
Something's wrong then, such intensity
What's going on with common sense?
Time to defy the stars, those windy illusions
Encountering each other, beyond the time
I'm staring at the dazzle
Giving up the frozen moon
To a long, deep, suicide
Flaming forbidden waltz
These words aren't powerless
Heartbeat now is for real
I'm not alone anymore
Now that you're here with me
====
Um grande abraço a todos. Novos textos estão nascendo.
(Ah sim, o nome Rogério Char é registrado, gente!)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Faz sentido.
Espere, cale-se. Não há homem que não se torne às lágrimas. Pense bem, seu corpo me leva a conclusões mórbidas, tal como se fosse uma corredeira de grãos de areia desfacelando pelo sofá. Que tristeza, hein? Quer mais?
O pior neste caso é o fato de você estar viva. Suicida de terceira linha, daquelas que formulam clichês bem aceitos. Nada pode ser feito, você está condenada a vagar com os olhos frente ao corpo. Ou corpos. Quem mandou não fazer o que poderia ter sido feito? Vice-versa idem, estagnada e constante do meu tédio.
Nas últimas noites, confesso, você fez o certo. Envolveu-me com o ápice de suas mentiras amanhecidas. Sabedoria e coragem. Gritou alto que eu estava sob o seu domínio, mas sequer consegui enxergá-la. Alma penada! Perdeu a voz.
Aceita um café? Vamos sair depois? De que adianta mover meus braços para destinos incertos como se fosse um robô se nada do que pretendo para com a sua pessoa faz sentido? Apesar do desejo, minhas mal traçadas linhas de lamento não deixariam eu me tornar o demônio da sua não-existência. Haja ego, pecador.
Menina dos olhos de vapor, levante-se. Um momento a mais de prosa e teremos o triste fim de todos os casais que nunca o foram. Por fim, antes que haja aurora e despertar deste sonho, saiba que tudo isto faz um sentido danado. Porque sabemos bem que danado é o condenado. E que eu hei de desfrutar desta prisão como se fosse a minha casa. Amém.
================
...?
sexta-feira, 7 de maio de 2010
I think that this must be the place.
Eu dizia pra ele "Mas Joãozinho*, será que um dia eu vou encontrar meu lugar no mundo? Quando vou parar de me sentir perdida?". Tudo que ele dizia era "Eu vou te ajudar". Que resposta mais medíocre! Na época, era uma prova de que a gente ia durar pra sempre. Hoje, é uma prova de que eu realmente era idiota.
Enfim, dei de cara com a vida dele. Respirei fundo, a curiosidade me corroía as entranhas e eu não sabia o que aconteceria se eu entrasse novamente naquele mundo que eu queria esquecer, apagar e nunca mais ter que encarar na minha vida. Tinha medo de chorar, de ficar triste, de me lembrar de tudo, TUDO que eu queria que fosse desintegrado.
No fim das contas, acabei abrindo a porta da ante-sala que eu temia. Primeiro, o Facebook. Fui direto nas fotos e vi ele com sua nova namorada. Isso não me machucou como eu previa, já que não sinto nenhuma falta de ser a menina ao lado dele. E sei que aquela jovem (10 anos mais nova que ele, por sinal) oriental vai crescer e vai se perguntar se estar ao lado dele foi mesmo a decisão certa a ser tomada. Mas eles pareciam um casal feliz. Então parei, pensei sobre o meu relacionamento atual e me dei conta de que se eu quero ser feliz com quem estou, devo desejar a felicidade dos outros. Devo lembrar que também gosto de ser o casal feliz da foto.
Depois que percebi que não iria me aborrecer, resolvi entrar na sala de estar dele; o blog pessoal. Ele escrevia textos ótimos, sempre admirei a qualidade e acompanhei. Li apenas 2 textos, eram os únicos que haviam sido postados desde janeiro de 2010. Me decepcionei um pouco, eram temas um pouco frívolos em comparação aos antigos. Pensei comigo mesma "Valeu a pena? Eu me senti melhor, pior ou igual?". Me senti igual, percebi que todos aqueles sentimentos ruins e mágoas passaram, que namorá-lo me ensinou coisas importantes sobre relacionamentos e sobre mim mesma. Percebi que afastá-lo de mim foi uma decisão certíssima, que me ajudou a esquecer a menina perdida que eu era. Me ajudou a ver que o único jeito de me encontrar seria sozinha, ninguém pode ajudar ninguém com isso. É uma busca pessoal, você não pode estar suscetível às opiniões alheias. Tudo deu certo no final, exatamente como ele previa. Percorri um longo caminho até encontrar minha felicidade, mas valeu a pena.
Não sei muito o que dizer a partir daqui, sei que essa foi uma experiência enriquecedora, me senti um Megazord depois dessa. Tinha que contar pra alguém, né!
Conselho pra quem tá lendo este texto: nunca troque seus amigos pelo/a namorado/a, nunca se coloque em segundo lugar, nunca comece a namorar antes de ter certeza do que você quer. São essas as maiores e mais abrangentes conclusões que eu tirei. Se você, de alguma forma, se sente em alguma dessas situações, pense muito sobre o que você quer lembrar e ser no futuro.
* O nome da pessoa foi trocado para manter sua identidade oculta, óbvio.
Espero que você goste! É simples, mas é de coração! =D
terça-feira, 6 de abril de 2010
Daicon, Sci-Fi, Cultura Pop. O único Twilight que presta, para quem tem mais de 20 anos"
A partir de 1:35 você descobrirá porque os japoneses estão anos-luz a frente.
Para constar: é uma animação feita para uma feira Sci-Fi que ocorria no Japão há cerca de 3 décadas. Por violar centenas de direitos autorais, a distribuição deste vídeo foi proibida. Logo, o Laser-Disc (se você não sabe o que é, morra) contendo a abertura e mais alguns retratos virou raridade, assim como o Santo Graal.
A música tema deste vídeo é "Twilight", composta por Jeff Lynne e performada pela Electric Light Orchestra, uma das maiores bandas da história do rock
Por que eu postei este vídeo num blog de poesia? Porque este blog não é só de poesia, dãã. Arte. Vamos ver quantos personagens você consegue identificar no vídeo... Se identificar 20 ou mais, ganha um prêmio especial do Char. Ops... Char, um dos que aparece no vídeo (fikdik).
A resposta (listagem das referências de personagens) aparecerá no próximo post. Aproveitem o vídeo e beijos!
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Pérolas, parte 2
a. Resposta à pergunta: "Que entende por helenização?": "Não entendo nada".
b. No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram se sifilizando.
c. Entre os povos orientais os casamentos eram feitos "no escuro" e os noivos só se conheciam na hora h.
d. Então o governo precisou contratar oficiais para fortalecer o exército da marinha.
e. Em homenagem a Gutenberg, fizeram na Alemanha uma estátua, tirando uma folha do prelo, com os dizeres: "e a luz foi iluminada".
f. No tempo colonial o Brasil só dependia do café e de outros produtos extremamente vegetarianos.
GEOGRAFIA
a. A capital de Portugal é Luiz Boa.
b. A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.
c. O Brasil é um país muito aguado pela chuva.
d. Na América do Norte tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro cimentadas.
e. Oceano é onde nasce o Sol; onde ele nasce é o nascente, e onde desce, decente.
f. Na América Central há países como a República do Minicana.
Outras excelentes:
a. A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo e suas constelações servem para esclarecer a noite.
b. As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos.
c. Expansivas são as pessoas tangarelas.
VALE PRÊMIO!!
O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno; quando faz calor é verão; quando tem flores é primavera; quando tem frutas é outono e quando chove é inundação.
==========
Depois dessa deu até vontade de voltar a estudar. Ou não.
terça-feira, 30 de março de 2010
Notícias do dia, da semana... Do fim dos anos. Ou não.
a. Ricky Martin, 38, assumiu publicamente que é gay. Eu já sabia! Aquele rebolado era solto demais para um menudo de família.
b. Robert Pattinson assimiu publicamente que tem alergia "ao órgão genital dos seres humanos do sexo feminino". Pobre Bram Stoker...
a+b. E aí, percebeu já, né? Rogério Char É a última bolacha do pacote! HAHAHA chorem de raiva, ex!
c. No meio desta onda recente de pedofilia (desde 34 d.C, quando Papai saiu de casa e seus filhos começaram a aprontar) não seria legal acabar com essa história de celibato? Poxa, padre pode beber, mas não pode aproveitar? A Igreja nega envolvimento de abusos com o ato de celibato: "Não é um dogma, mas é uma tradição." Yeah velhinho, percebemos.
d. 30/03/1960 - Konrad Adenauer: "Deus deu a Alemanha a missão especial de salvar a Europa". Para quem não sabe, esse cara aí foi chanceler alemão. Ou não.
e. Homem traído descobre que não é o único de sua mulher. Qual o nome da novela? "Éramos Seis". HAHAHA eu que inventei.
f. Faltam 3 meses para o retorno de Michael Jackson
g. "Potências querem tirar dos desarmados até estilingue", diz o Ministro de Assuntos Estratégicos sobre o programa nuclear do Irã, nação pacífica e amistosa. É isso aí, campeão. O problema é o seu país, senhor ministro, que é um "desarmado e desinformado" tentando se instrometer em questões alheias.
h. Hoje é a final do programa que a Anita Grey não perde um dia. BBB.
(Folha de S.P) José Simão: "E a receita pra fazer um "BBB": pega três rinocerontes de sunga, três "periguetes" bundudas, quatro bichos exóticos, passa numa máquina de moer cana; o que sobrar, vai. A bagaça da bagaça da bagaça! Viva a bagaceira!"
i. Eduardo Suplicy retira sua candidatura após uma bad trip com seu partido. Ele esperava que seria uma maravilha aparecer na tv de boa na lagoa, suave na nave... Quem sabe em Hogwarts ou no País das Maravilhas ele consiga. Combina mais, sério.
As notícias de hoje terminam na letra "i", de "ih, f...". Pense comigo: antes música clássica e antiga era a Sinfonia n.9, de Beethoven. Hoje música clássica e antiga é o primeiro LP da... Daniela Mercury. "I".
Que beleza!
segunda-feira, 29 de março de 2010
Pérolas, parte 1
"Pérolas da Fuvest 2004"
a. Sobrevivência de um aborto vivo (título);
b. O Brasil é um País abastardo com um futuro promissório;
c. O maior matrimônio do País é a educação;
d. Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigerados que aumenta;
e. Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola;
f. O bem star dos abtantes endependente de roça, religião, sexo e vegetarianos, está preocupan-do-nos;
g. É preciso melhorar as indiferenças sociais e promover o saneamento de muitas pessoas;
h. Também preoculpa o avanço regressivo da violência;
i. Segundo Darcy Gonçalves (Darcy Ribeiro) e o juiz Nicolau de Melo Neto (Nicolau dos Santos Neto);
j. Resposta a uma pergunta: "Esta não cei".
k. E o presidente onde está? Certamente em sua cadeira fumando baseado e conversando com o presidente dos EUA.
HISTÓRIA
a. O Hino Nacional Francês se chama La Mayonèse...
b. Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado.
c. Entres os índios de América, destacam-se os aztecas, os incas, os pirineus, etc.
d. A História se divide em 4: Antiga, Média, Moderna e Momentânea (esta, a dos nossos dias).
(A melhor)
e. Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Agora eu sei porque meu namoro de um ano e meio terminou em 2008...
Só depois que o namoro terminou que eu desandei a escrever sobre ela. Era tudo porcaria, sentimentalismo barato de quem estava claramente afetado. Sabe, acho que os relacionamentos são os piores inimigos da poesia.
Um dos poemas da minha "fase negra" se chama "Breve descrição do caos". Clichê, I know, mas tinha lá sua profundidade.
Título: Breve Descrição do Caos
Autor: Rogério Lima Corrêa
Palavras solitárias esparramadas
Em minha cama. Pergunta onde
Estão os suaves gestos que um dia
As uniram. Fugiram. Irradia
À luz rasa sobre a escrivaninha
onde a observava em virginal repouso
Ouvindo "I love You" e jurando
Preces que eternamente estaria sonhando
Fumaça e espuma poetas
Desenham a ilusão em copos
Escrevem "Amo-te" por vício
Em maldizer a virtude do fim ao início
Acendo a luz
Ascendo ao tom
De nossos corpos nus
Daquele tempo bom
======
Doeu?
terça-feira, 23 de março de 2010
Desabafo - um dia sem poesia
Não dá! Todos os canais estão falando da mesma coisa, puta que o pariu. Tá, pode me chamar de insensível, estou nem aí. Todo mundo sabe que eles são culpados, que serão condenados e cedo ou tarde serão mortos na cadeia. Agora pense: precisa tratar da ficha criminal alheia como se fosse um Big Brother?! E o que eu tenho a ver com isso?
Depois não estranhe caso seus miolos se voltem apenas a revistas de fofoca.
A ignorância alheia, ah sagrada paciência... Por isso que eu ~adoro~ Globo Esporte, Vh1. Isso é cultura pop!
(Pausa Presidencial)
O Presidente, sobre uma das cidades de seu país:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/03/22/lula-visitem-rio-mas-nao-se-embrenhem-por-onde-nao-conhecem-916136554.asp
(Pausa Poética)
Trecho de uma musiquinha que fiz enquanto matava aula, em 2008:
"(Vejam só!) É o novo serial killer na TV
Helicópteros em linha para você
A mais nova guerra contra narcotraficantes
Um ringue de famosos insignificantes"
O nome da música: "Polêmica! (também quero saber)"
sexta-feira, 19 de março de 2010
Denim Sonne
De quando não havia tempo
Isso tudo agora há pouco
Quando sonhei eternamente
Já era hora de fazer trombetas
Transformarem-se em guitarras:
Escarlates em sua essência,
Mundanas à simples vicissitude
De repente, distorção alada
Hoje o comum é bizarro;
Diretamente da avenida dos anjos:
Almada intensidade surreal
Está acordado?
Enxergue até sangrar
A aurora, porém conte antes
Ao Mundo quantas asas você tem
=
Autor: Rogério Char
Desta vez eu me superei no transcendentalismo. Mas às vezes faz bem pecar pelo excesso.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Heart Shield attacks once again
Quantas páginas você quer ocupar no livro da história de alguém? Sendo assim, já parou para pensar em quantas páginas de sua própria história você está sacrificando?
Vale a pena? (Y/N)
(Yes)
Título: Transmissão
Autor: Rogério Lima Corrêa
Poemas, todos panos
Necro Amabilia ao vento
Pois o poeta tenta
Um tiro no escuro
Linhas elétricas que toda noite
Insistem em investir neste jovem,
Amante,que acabou de descobrir:
A poesia é o toque da doce voz
Linhas, levem palavras para ela;
Espero o tear magnético de meus sentimentos
Entrelaçados em antenas por todo o planeta
A recíproca é possível
"O impossível
não existe
Há apenas o improvável
Eu te amo"
E assim caiu a linha
-
(No)
Título: Cegueira
Autor: Rogério Lima Corrêa
Meus olhos fecharam-se para o Sol
Sem saber se era para ela que estavam a olhar;
Esperar a meia-luz do limiar
Sol da noite - enluará
Sinto-me trancafiado nessa desvairada
Detenção simpática, iluminada e agradável;
As verdades que só cruzando a rua do inevitável
Breu do nada - estrelará
Quero mais é que minha seriedade
Morra de overdose na mesmíssima
Psicose; assassinada pelos agentes da osmose
Ego cego - necrosará
Melhor pedir o ninguém da natureza morta
Em casamento; a novidade descansa sua pele
No cemitério; ela ainda olha para o Sol
Menina, meu amor - vou te matar
(N.A: "Esperar a meia luz" mesmo, sem a crase)
=
O final deste último poema é meio trash, mas fazer o que? Não vou mudá-lo após 2 anos.
Well, espero de alguma maneira ter ajudado.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O aniversário da minha ex
Não sou eu que vou fazer
O aniversário não é meu
Noite serve para dormir
E que ninguém tente convencer-me
Só porque a festa é dela
A música é boa, mas a valsa
Repete e não acabaria bem
Ressaca boa será a minha
A cama será a minha
A namorada será a minha
Porque sei que aquela também é
Que horas vai começar a festa, mesmo?
======================
Rogério Corrêa
(E agora, José?)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Confissões de um playboy alcoolizado
22:00 - Encontrei meus amigos na Augusta
22:05 - Andei de skate na Augusta x Consolação
22:30 - Eu e meus amigos decidimos subir a rua
22:59 - compramos uma garrafa de Pedra 90 para ajudar na subida
23:20 - Marquinho Ricardo, meu primo, desmaiou. Foi a primeira vez dele conosco
23:30 - Decidi abandoná-lo em frente a um restaurante perto da rampa de acesso ao Elevado
00:00 - Compramos mais bebida: cerveja e vinho. A Pedra 90 acabou, então tivemos de misturar tudo com Coca
01:00 - Cá entre nós, acho que estou meio alto. Bebida misturada, sabe como é. Não sabe?
01:10 - Chegamos no Vitrine. A Draken estava lá, em frente ao bar da esquina. Fiquei com ela, mas eu não estava a fim de comprar
01:30 - Sério, eu acho que tenho que parar de beber. A Draken foi aonde? Enquanto ela não volta eu bebo uma Natasha.
02:00 - Chegou uma turma da pesada
03:00 - Impressão minha ou a hora passou rápido demais? Sei lá. Acho que ainda estou na Augusta x Consolação
04:00 - Porque estou sangrando? Minha garganta está seca
04:30 - Sou o senhor do tempo! Todos estão parados!
04:39 - Onde estão todos?
04:40 - Onde estou?
04:50 - Ajuda...
04:53 - Ninguém me ouve?
05:00? - Será?
06:00 - Nunca mais...
??:?? - (fim de transmissão)
Um membro a menos na família. Sim, Marquinho morreu carbonizado. Marcel está vivo, em coma. Dizem que o futuro não é mais como era antigamente...
==
Quando reencontrarei a inspiração? Help.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A volta dos que não foram.
só pra constar:
inspiração carnavalesca,
Como da orgulho ser brasileiro
não só pelas enchentes causadas em sua grande parte pela educação do nosso povo que joga seu lixo pelas janelas de ónibus e despeja sofás e garrafas pet na rua alem de outros lixos mais e pela falta de limpeza das ruas e manutenção dos grandes lagos artificiais chamados "piscinões" já que o governo permite e ele mesmo contrói obras em varseas de rio e derivados e esquece de consertar as próprias desgraças para pensar nas desgraças de países vizinhos. Não só pelo presidente que admite que odeia ler,que nunca estudou,que diz que imagens não falam por si e protege os erros de seus colegas e ainda ganha premio por ser um grande estadista.Não é pelo esquecimento do povo com a chegada da olimpíada,copa ou os peitos e bunda no Carnaval,futebol,novela e cerveja...
da orgulho é da criatividade do nosso povo que mesmo se fodendo,se afogando,sendo roubado,enganado,ludibriado e vários "ados" ainda tem tempo pra inventar novos e importantíssimos ritmos sensuais de dança "remexe quadril" ai ai eu amo o Brasil! viva o rebolation 2010 a nova praga dos telejornais! PLAC PLAC PLAC
só pra constar,só pra constar!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Confissões de um playboy entediado
Não falo de boca cheia, mas como estes são apenas pensamentos, tudo bem.
Minha família parece gostar de mim, talvez pela expressão vivaz após o primeiro dia na empresa. Vou reclamar do que? Tenho um emprego maravilhoso - Diretor do holding do meu pai - o velho escolhe apenas os mais capacitados. Capacidade? Nem sempre. One rule for us, for you another.
Camarão ao molho rosé. Pois é, comida não falta nesta casa. Falando em emprego, a cozinheira da família é uma deidade encarnada. Banquetes e mais banquetes e eu aqui, pensando que ela poderia ser modelo.
Beleza. Ter alguém para chorar e sorrir lado a lado representa a arte de viver. Estão todos convidados a desfrutar da minha festa de noivado, afinal já são nove anos de amor. Não sou um Apolo-deus-das-artes, mas sei escrever, tocar piano, guitarra... O que mais alguém como eu iria desejar?
(Quando a mente entra em transe por comodidade, a surpresa enlouquece o ser)
O que mais? Ah, eu vou lhe dizer. Quero mesmo é pegar aquela guitarra velha, comprar um kit de cordas na loja mais renomada, um amplificador, microfones e voila: Fama! Minhas composições com letras de fácil assimilação dominarão as rádios populares, levantarão a juventude e alçarão o meu nome às estrelas.
O despertar numa cama com três ou mais mulheres sobre King Sizes acoplados - Haveria coisa melhor? Café da manhã seria batata frita, Whisky 18 anos e orgias de revirar o estômago. Paparazzi na janela cobre tudo e faz o nome de Richard Patrini ganhar as capas das revistas de futilidades. Futilidades! O que mais alguém como eu iria desejar?
Pensando bem, para que uma namorada só? Quero todas, pois eu posso ter todas! Em breve serei o CEO daquela empresa caduca. Brevemente venderei aquela fantasmagoria familiar. Venderei o meu nome de familia, assim terei presidência da minha própria vida. Esta, acelerada e multiplicada, dará lucros à minha imagem de tal forma que aparecerei nas colunas sociais pregando cretinices bem aceitas pelos aristocratas.
Iria reclamar do que?
( E agora, Patrício? A festa acabou?)
Direita ou esquerda, voz da consciência?
==
Peço perdão pela baixa qualidade do texto, pessoal. Terminá-lo com quatro perguntas pode ter sido um erro fatal. Além do mais, inspiração zero.
Até.
You... just like heaven
Luzes dançam. A música ressoa em seus ouvidos, quase fundindo-se com o próprio tímpano. O cheiro de cigarro e álcool, o suor de tantas pessoas juntas preenche o local. Escuro, claro. Flashes quase a cegam, então prefere fechar os olhos e deixar-se levar pelos próprios sentidos.
O tato encontra peles ásperas, tecidos macios, as mãos escorregam por tudo aquilo que consegue tocar. A audição ouve batidas fortes vindas de todo canto. A música, o pulsar dos corações, as risadas... só não consegue ouvir os passos. O chão está distante demais para isso. O paladar detecta o gosto ácido do ar, e o doce do hálito. Engole com dificuldade a saliva amarga que formou-se em sua boca. No olfato diversos perfumes misturam-se. Florais, cítricos, masculinos, femininos. Caros, baratos. O cheiro dos desejos e da malícia também pode ser sentido naquele meio. A visão? Os olhos permanecem cerrados por uma força invisível. Mas ela pode enxergar cores e formas distorcidas, luzes piscando de forma magistral.
Está só. Corpos interagem com o dela, palavras são trocadas, mas por dentro sente-se mais solitária do que qualquer um nesse instante. Uma tentativa de esquecer as dores - não físicas, mas que doem igualmente. A decisão que fora tomada mais cedo naquele dia vem à lembrança, e ela sorri de novo. O mundo lhe pertence, a noite com seus delírios mais insanos é sua. Provará de tudo hoje, sente vontade de excessos e sensações novas.
Segura na mão mais próxima a sua e finalmente abre os olhos. Aquele rosto conhecido... não, algo está errado. O que menos queria era vê-lo, já sofrera demais. Antes que pudesse dizer uma só palavra, as bocas encontram-se e ela se perde. O coração palpitante no máximo volume. Os sons fundem-se e tudo parece distante... Os nervos contraem-se. Um momento de tensão que poderia significar tudo aquilo que lhe falta. Aquele gosto tão familiar e presente.
Separam-se e ela se afasta o máximo que pode, corre sem se preocupar com os pés em que tropeça ou com os gritos que lhe dirigem. Sente alguém segurar forte em seu braço, puxá-la e sussurrar em seu ouvido "Desculpa, eu te amo. Você sabe que é a única que realmente me faz bem." Palavras tão comuns e que machucam-na tanto. Lágrimas caem e tudo aquilo que lutara para esconder nos cantos mais remotos da mente vêm à tona novamente.
Uma sábia decisão merece ser tomada, mas ao que isso implicaria? A promessa de uma vida regada ao amor na sua forma mais pura? Extravagâncias. Exageros. Intensidade. Felicidade, e tristeza, extremas. Não haveriam barreiras e o limite seria imposto eles. Surpresas a cada palavra dita. A dor e a mágoa que isso traz... Compensam o brilho nos olhos e a sensação de plenitude? A outra escolha seria mais fácil. Um caminho mais seguro... Segurança? Não importa tanto quando o desejo grita mais alto.
O homem na sua frente guardava tudo que ela já sentira em sua vida. Ele lhe despertava ódio, assim como amor. Desprezo e admiração na mesma intensidade. Era sua ruína, mas sabia também que sem ele a vida seria enfadonha e incompleta.
Joga os braços ao redor de seu pescoço e sente que ele lhe abraça com força. Como sente-se segura naquele corpo.
- Eu te odeio.
Ele sorri e enxuga as lágrimas daquele rosto tão delicado.
- Nossa ligação vai além de qualquer sentimento humano como ódio ou amor, você sabe disso.
Beijos :)
(E bem vinda, Jackie :D)
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
I'll Stop The World and Melt With You
Go!
Prometo escrever mais por aqui em 2010. Pulei até as 7777 ondinhas para reforçar a promessa.
Galera, ultimamente o site que permeia minha mente afetada é o Formspring. Coisinha chata, mas dinâmica. Afinal, a qualquer momento aparecem perguntas de cretinos anônimos dispostos a enrascá-lo socialmente.
Concluí que até para sobreviver no inferno é preciso ter classe e diplomacia.
F-Indy em São Paulo, bem ao lado da Marginal! Putaqueopariu, Kassab. Essa merda alaga todo dia, a pista do Sambódromo é de concreto e você ainda quer fazer os carros passarem por lá a 300Km/h? (desabafo, mas eu vou)
Show do Guns no mesmo final de semana da F-Indy. Certinho, tudo errado. Acho que nós, paulistanos, não somos mais a inteligência da América. Fomos contaminados pelos cariocas. (brincadeira)
Nova blogger por aqui! A Jackie é gente fina e escreve bem, gosto dela.
Deixarei vocês a sós com a nova companheira. Quando bater inspiração, posto algum poema novo.
Beijos na consciência.