segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Breve Descrição do Caos III

Texto baseado em mensagens de texto.

Título: Breve Descrição do Caos III
Autor: Rogério Lima Corrêa

Bom dia. Consegue ligar nossos pensamentos? Não sei se devo ligá-los novamente, contudo gostaria que uma vez mais você dissesse algo.
Logo mais repousarei, pois a noite de quatro meses finalmente começa a cair. Indecisão. Há um contraste entre seu sorriso e meu destino. Todavia, é reconfortante vê-lo novamente.
Cá estamos, à beira do lado da Aclimação. Veja! Um marreco morto, está boiando em nossa direção. Você sabe o que isto quer dizer? Lento, sem rumo. Talvez sejamos o final de um rumo incerto. Você realmente pode me dizer o que isto significa?! Tenho medo.
Peço desculpas, porém não consigo parar de chorar, não sou forte. Minha pele demonstra a ausência de sentimentos pelo mundo, aliada às lágrimas dos meus erros. Não! Você não é o causador da minha tristeza, mas meus erros são! Chorarei todos os dias por você e pelo mal que causei aos seus versos.
Por outro lado, sei que um dia vou encontrar o caminho. Está dentro de mim. Temo, no entanto, que eu demore a encontrá-lo e venha a perdê-lo para sempre. Você consegue olhar nos meus olhos? Fale algo, responda. Seus braços, seu rosto, sua respiração!
Está consumado. Onde está? Pergunto-me se meu destino fará parte do Rogério que tanto amei. Desfalecido, você canta como se estivesse me socorrendo de uma maldição. Mesmo sempre detestando o seu canto, seus versos, atitudes... Nunca menti para você.
Quero que saiba de uma coisa: estou escrevendo sobre o que realmente sinto, espero que um dia possa ler; assim como sempre li seus poemas e pensamentos. Porém o dia está se esvaindo.
Está frio. Este é o meu fim, mas antes posso te pedir uma coisa? Transforme o que sente por mim em ódio, raiva, desprezo, qualquer um. Sei que parece egoísta, mas seu desprezo é meu castigo, meu fim.
Rogério? Rogério?! Está consumado. Pergunto-me se foi o meu destino que o matou. Guarde-me dentro de você, assim como você nunca saiu dentro de mim. Meu sangue em sua honra. Está selado. Desce? Vá em paz.

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Este foi, de fato, o meu fim.

Obrigado por tudo. Mesmo.

sábado, 10 de setembro de 2011

Requiem Rosalia

Depois de lágrimas, dúvidas e introspecção percebi que devo ser tão intenso como as pessoas que fizeram parte da minha história. Claro, a partida da Roh foi um baque, mas... Eu sei que ela está correndo muito mais rápido. Voando.

Réquiem Rosália

Autor: Rogério Lima Corrêa


Você correu mais do que o mundo

Deixou o tempo para trás

Criou asas e se tornou parte do vento

E da brisa matinal do nosso último adeus


Seja iluminada, como a rosa que lancei sobre ti

Branca, sedosa e cheia de liberdade

Que seus passos sejam sobre lírios

Seja feita a sua imagem nas nuvens,

Da mesma maneira que a vejo em meu coração

Que a sua doce voz ecoe pelos céus

Seja vista pelos anjos e reverenciada

Na Terra, já nos prostramos diante de sua paz


Rogo por sua inspiração

Clamo pela sua intensidade

Suplico por mais um sorriso

Imploro para matar saudade


Vá com o Sol e siga o caminho

Através da fumaça, a estrada leva ao infinito

Como infinitamente a fumaça do meu cigarro esvair-se-á

E, palidamente, imitará sua jornada


Corra, mas tente me esperar

Toque-me com seu suspiro

Assim como a toquei com a alva rosa

E encerrei a prece pelo nosso destino


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O resto é comigo.

domingo, 24 de julho de 2011

Adeus ou até logo?

Adeus ou até logo?

Me poupe... Nunca iria encerrar minhas atividades artísticas só porque uma cretina bagunçou minha mente.
Me envergonho de ter deixado meu blog parado. Amo a minha arte. Os outros eu apenas tolero.

Beijos.


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Rogério Char

sábado, 14 de maio de 2011

Eu Metrô SP

Bons dias!

Quanta confusão. Assim posso descrever a situação da região onde moro. A começar pelo Metrô que visa colocar uma estação na Av. Angélica, bairro do Higienópolis.
Convenhamos, a galerinha que por lá mora (sim, é um pouco mais para cima. Moro na parte "pobre e esquecida") não precisa de metrô, ônibus. Os carros deles cabem na rua e é isso o que vale. Quanto egoísmo, não? Nem parece sociedade.
É necessário, contudo, esclarecer que os empregados da região não têm carros, sendo assim obrigatória a expansão do transporte público no Higienópolis. Afinal, todo rico adora ter um empregado. Agora aguenta! E ainda dizem que vai aumentar a criminalidade. Mais latente do que já está?!
Este bairro é um antro de picaretas, trombadinhas e mauricinhos cheiradores de uma figa. A associação dos moradores (ninguém conhece um deles) que protesta contra o metrô não enxerga isso. Por que? Não andam na rua, simples. Ficam lendo a Folha e cornetando sobre o mundo. Por sinal, nada contra a Folha de S. Paulo. Admiro a postura deste periódico de cobrir os fatos com muito interesse, em nome dos paulistanos "diferenciados".
O governo, por sua vez, é fraco em impor a necessidade do povo sobre os interesses bairristas. Quer saber? que coloquem esta estação na Angélica. Será divertido ver as madames cruzando com os corinthianos indo ao Pacaembu, com seus empregados voltando para a ZL e com várias outras pessoas desconhecidas, descaracterizando o bairro e assim deixando-o comum e seguro. Isto não é um absurdo, pois o medo atrai o lado negro e a cobiça atrai o ódio.

Beijos!

Dica: http://www.youtube.com/watch?v=LOMXV0UIeUc&feature=topvideos_news

domingo, 10 de abril de 2011

Letargia

Título: Momentos que precedem o desmaio
Autor: Rogério Lima Corrêa

Luz cega vem ao horizonte
Não vê, apenas passa
Mais um dia em forma de noite
V--, sem tempo e pro--

Faz--- um show de vaidad--
Difíc-l de comprar, fácil
De partic----, instant--
Um gole à falsa sobr------

Vent- - Leve, leva e ---------
Dançam ---- bail------
Garra--- gir-- e ilum----
Um li--- espetá---- no in-----

Gritos nã- s-- ou-----
Se -- não -------
D------- l----- - --------
-----------------
-----------------[sirenes.

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(Deu para entender nada, né? Depois eu posto a versão compreensível)

Beijos,

Rogério Char

terça-feira, 5 de abril de 2011

E aí?

Se o guarda-chuva quebrado,
Seja do empresário introspectivo
Ou do mendigo andarilho
E aí? Pode funcionar

Se o cigarro de um atrapalha
Todos perdem tempo, talvez;
Alguns, a sanidade. Salubridade?
Mas para um? Passa despercebido

Se o remédio faz efeito,
Alguém também pode reclamar
Ao paulistano não há enfermidade,
Apenas a chance de não trabalhar

Se o grito voa,
Voe para saber
E aí? Pode funcionar
Ruim é ficar à toa

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Changes, parte 1*

Daqui a 18 anos:

- Você não vai querer assistir um DVD com seu filho, vai?
Talvez DVD seja uma peça de museu, um disco que parece com o Blu-Ray, mas você será o único a falar "bons tempos". Ou não.

- Cassete?
Hoje já acham o maior barato, no sentido exótico. Se em 2029 você ainda tiver um, está rico. Talvez peguem para objeto de estudo arqueológico.

- Você provavelmente será o único a ouvir vinil.
Há duas probabilidades: ou seu filho vai te achar cafona e não vai querer apresentar a namorada, ou ele vai simplesmente virar um retrógrado. Um LP tem efeito mágico sobre qualquer um. Quem sabe a humanidade ainda queira uns chiadinhos nostálgicos.

- Quem possuir CD será tachado de otário.
O que? Você pagava tudo isso?! Você comprará música pelo iTunes... Ou o site da moda.

- "Pai, o que é TV? O que isso significa? Teletransporte a Vácuo?"
Okay, não vamos exagerar, porém a ciência indica que imagens serão projetadas através de nanotecnologia. TVs serão mais finas que adesivos. Bizarro, não?

- Por que chegar em casa para ligar o computador? Hey, 2011 já foi. Há 18 anos!
Você perderá o controle sobre seu filho. No máximo conseguirá falar com ele até a infância. Depois, assim como todos, dedicará toda sua vida a uma máquina que talvez tenha o nome de celular. Paranóia cibernética, dedicaremos o nosso cotidiano a um aparelho que organizará toda a nossa vida. Ainda quer chegar em casa para acessar o msn?

- Elvis estará para Beethoven assim como Avenged Sevenfold será um grande clássico de uma década.
Infelizmente, os instrumentos carecerão cada vez mais de bons instrumentistas. A geração imediatista não quer refinamento; isso eles obtém das máquinas.

- "Sinto muito senhor, teremos de apreender o seu veículo"
Não tem um carro movido a eletricidade?! Sinto muito. Gasolina, álcool... Tudo isso ameaça o pouco que temos aqui no mundo, graças a pessoas como você em 2011.

- "Pai, que negócio bizarro! Solta fumaça e está nas minhas aulas de história."
Cigarro. A nova geração não vai mais querer fumar. Existirão outras drogas menos ofensivas. Os ídolos do futuro morrerão num iDoser hahahaha.


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Calma que logo logo tem mais!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ao espírito mais raro deste Multiverso

Danny Morgan.

Autora do calor temporal
Sim, está chovendo lá fora
Descubramo-nos para o incêndio
Deusa sem tempo, não vá embora, embora...

I can't fake my true feelings
I can't avoid drowning in shadows
I couldn't touch you, reach and adore
That's why the evils keep singing it more

Na fala do fado ao esquecimento
Nenhum estalo de lábios será esquecido
E qualquer olhar pelo amor despido
Nada a nenhum, privação do sentimento

Sua imagem quando me prostro em choro
De guerreiro é palpitante miragem
Junto ao vinho coração coage
Reage em embriaguez à falta de coragem

Alva rósea menina, flama
Dos cinco indicadores, áurea
Sabes que sou o que tu és
Versa, aura

Brinco de senhor do tempo
Por saber demais da versatilidade
Espacial
Entre nós, Tudo e Nada.


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Uma nova era começa.

Beijos a todos.

Obs: Medley de "Simples" (parágrafo I), "Damnation at the Ocean's Floor" (II), "Decair, parte II - A Morte" (III e IV) e "Parafernália Cósmica" (V e VI). Qualquer uso destes poemas sem a autorização do autor (Rogério Lima Corrêa) acarretará em execuções judiciais contra o fdp, tal como as surubas de inúmeras execuções na Jumbo Cat. Ou seja: prepare-se, farei o sangue jorrar pelo seu couro cabeludo, infrator.

Obrigado.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pantera Escarlate

Patrícia.

Título: After-Effect
Autor: Rogério Lima Corrêa

Ação perdida em momentos Frenesi
Quem nunca obteve, invejou, perdeu?
Atitudes precipitadas frente a ti:
Fácil, à forma de loucos frente ao abismo

After-effect – o Tempo não perdoa;
Condena-me ao pensamento transcendental
Transpassa bom senso, amizade, adrenalina
Por uma maldita imagem perpétua nada romântica

Insegurança, talvez? Beijos vividos em pretérito
Surrealizam prazeres etéreos, enluarados
Mesmo que vívidos e experienciados
Concretizam real vontade de provável desatino

Dois modos
Um momento para olhar
Para em momento algum gesto tentar
Cafajeste, desequilíbrio ou amor de momento?

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Ano novo? Atitude...