quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O aniversário da minha ex

Hoje a noite tem festa
Não sou eu que vou fazer
O aniversário não é meu
Noite serve para dormir

E que ninguém tente convencer-me
Só porque a festa é dela
A música é boa, mas a valsa
Repete e não acabaria bem

Ressaca boa será a minha
A cama será a minha
A namorada será a minha
Porque sei que aquela também é

Que horas vai começar a festa, mesmo?

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Rogério Corrêa
(E agora, José?)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Confissões de um playboy alcoolizado

~Marcel Davenport, primo de Patrício, o jovem~

22:00 - Encontrei meus amigos na Augusta

22:05 - Andei de skate na Augusta x Consolação

22:30 - Eu e meus amigos decidimos subir a rua

22:59 - compramos uma garrafa de Pedra 90 para ajudar na subida

23:20 - Marquinho Ricardo, meu primo, desmaiou. Foi a primeira vez dele conosco

23:30 - Decidi abandoná-lo em frente a um restaurante perto da rampa de acesso ao Elevado

00:00 - Compramos mais bebida: cerveja e vinho. A Pedra 90 acabou, então tivemos de misturar tudo com Coca

01:00 - Cá entre nós, acho que estou meio alto. Bebida misturada, sabe como é. Não sabe?

01:10 - Chegamos no Vitrine. A Draken estava lá, em frente ao bar da esquina. Fiquei com ela, mas eu não estava a fim de comprar

01:30 - Sério, eu acho que tenho que parar de beber. A Draken foi aonde? Enquanto ela não volta eu bebo uma Natasha.

02:00 - Chegou uma turma da pesada

03:00 - Impressão minha ou a hora passou rápido demais? Sei lá. Acho que ainda estou na Augusta x Consolação

04:00 - Porque estou sangrando? Minha garganta está seca

04:30 - Sou o senhor do tempo! Todos estão parados!

04:39 - Onde estão todos?

04:40 - Onde estou?

04:50 - Ajuda...

04:53 - Ninguém me ouve?

05:00? - Será?

06:00 - Nunca mais...

??:?? - (fim de transmissão)

Um membro a menos na família. Sim, Marquinho morreu carbonizado. Marcel está vivo, em coma. Dizem que o futuro não é mais como era antigamente...

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Quando reencontrarei a inspiração? Help.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A volta dos que não foram.

Olha quem ressurge das trevas para mostrar seu mínimo serviço,sim eu mesma...
só pra constar:

inspiração carnavalesca,
Como da orgulho ser brasileiro
não só pelas enchentes causadas em sua grande parte pela educação do nosso povo que joga seu lixo pelas janelas de ónibus e despeja sofás e garrafas pet na rua alem de outros lixos mais e pela falta de limpeza das ruas e manutenção dos grandes lagos artificiais chamados "piscinões" que o governo permite e ele mesmo contrói obras em varseas de rio e derivados e esquece de consertar as próprias desgraças para pensar nas desgraças de países vizinhos. Não só pelo presidente que admite que odeia ler,que nunca estudou,que diz que imagens não falam por si e protege os erros de seus colegas e ainda ganha premio por ser um grande estadista.Não é pelo esquecimento do povo com a chegada da olimpíada,copa ou os peitos e bunda no Carnaval,futebol,novela e cerveja...
da orgulho é da criatividade do nosso povo que mesmo se fodendo,se afogando,sendo roubado,enganado,ludibriado e vários "ados" ainda tem tempo pra inventar novos e importantíssimos ritmos sensuais de dança "remexe quadril" ai ai eu amo o Brasil! viva o rebolation 2010 a nova praga dos telejornais! PLAC PLAC PLAC

só pra constar,só pra constar!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Confissões de um playboy entediado

~ Patrício Ricardo, o jovem ~

Não falo de boca cheia, mas como estes são apenas pensamentos, tudo bem.
Minha família parece gostar de mim, talvez pela expressão vivaz após o primeiro dia na empresa. Vou reclamar do que? Tenho um emprego maravilhoso - Diretor do holding do meu pai - o velho escolhe apenas os mais capacitados. Capacidade? Nem sempre. One rule for us, for you another.
Camarão ao molho rosé. Pois é, comida não falta nesta casa. Falando em emprego, a cozinheira da família é uma deidade encarnada. Banquetes e mais banquetes e eu aqui, pensando que ela poderia ser modelo.
Beleza. Ter alguém para chorar e sorrir lado a lado representa a arte de viver. Estão todos convidados a desfrutar da minha festa de noivado, afinal já são nove anos de amor. Não sou um Apolo-deus-das-artes, mas sei escrever, tocar piano, guitarra... O que mais alguém como eu iria desejar?

(Quando a mente entra em transe por comodidade, a surpresa enlouquece o ser)

O que mais? Ah, eu vou lhe dizer. Quero mesmo é pegar aquela guitarra velha, comprar um kit de cordas na loja mais renomada, um amplificador, microfones e voila: Fama! Minhas composições com letras de fácil assimilação dominarão as rádios populares, levantarão a juventude e alçarão o meu nome às estrelas.
O despertar numa cama com três ou mais mulheres sobre King Sizes acoplados - Haveria coisa melhor? Café da manhã seria batata frita, Whisky 18 anos e orgias de revirar o estômago. Paparazzi na janela cobre tudo e faz o nome de Richard Patrini ganhar as capas das revistas de futilidades. Futilidades! O que mais alguém como eu iria desejar?
Pensando bem, para que uma namorada só? Quero todas, pois eu posso ter todas! Em breve serei o CEO daquela empresa caduca. Brevemente venderei aquela fantasmagoria familiar. Venderei o meu nome de familia, assim terei presidência da minha própria vida. Esta, acelerada e multiplicada, dará lucros à minha imagem de tal forma que aparecerei nas colunas sociais pregando cretinices bem aceitas pelos aristocratas.
Iria reclamar do que?

( E agora, Patrício? A festa acabou?)

Direita ou esquerda, voz da consciência?

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Peço perdão pela baixa qualidade do texto, pessoal. Terminá-lo com quatro perguntas pode ter sido um erro fatal. Além do mais, inspiração zero.
Até.

You... just like heaven

Faz tempo que não escrevo nada... enfim, só para postar alguma coisa, um texto que eu gosto bastante, do meio do ano passado.


Luzes dançam. A música ressoa em seus ouvidos, quase fundindo-se com o próprio tímpano. O cheiro de cigarro e álcool, o suor de tantas pessoas juntas preenche o local. Escuro, claro. Flashes quase a cegam, então prefere fechar os olhos e deixar-se levar pelos próprios sentidos.
O tato encontra peles ásperas, tecidos macios, as mãos escorregam por tudo aquilo que consegue tocar. A audição ouve batidas fortes vindas de todo canto. A música, o pulsar dos corações, as risadas... só não consegue ouvir os passos. O chão está distante demais para isso. O paladar detecta o gosto ácido do ar, e o doce do hálito. Engole com dificuldade a saliva amarga que formou-se em sua boca. No olfato diversos perfumes misturam-se. Florais, cítricos, masculinos, femininos. Caros, baratos. O cheiro dos desejos e da malícia também pode ser sentido naquele meio. A visão? Os olhos permanecem cerrados por uma força invisível. Mas ela pode enxergar cores e formas distorcidas, luzes piscando de forma magistral.
Está só. Corpos interagem com o dela, palavras são trocadas, mas por dentro sente-se mais solitária do que qualquer um nesse instante. Uma tentativa de esquecer as dores - não físicas, mas que doem igualmente. A decisão que fora tomada mais cedo naquele dia vem à lembrança, e ela sorri de novo. O mundo lhe pertence, a noite com seus delírios mais insanos é sua. Provará de tudo hoje, sente vontade de excessos e sensações novas.
Segura na mão mais próxima a sua e finalmente abre os olhos. Aquele rosto conhecido... não, algo está errado. O que menos queria era vê-lo, já sofrera demais. Antes que pudesse dizer uma só palavra, as bocas encontram-se e ela se perde. O coração palpitante no máximo volume. Os sons fundem-se e tudo parece distante... Os nervos contraem-se. Um momento de tensão que poderia significar tudo aquilo que lhe falta. Aquele gosto tão familiar e presente.
Separam-se e ela se afasta o máximo que pode, corre sem se preocupar com os pés em que tropeça ou com os gritos que lhe dirigem. Sente alguém segurar forte em seu braço, puxá-la e sussurrar em seu ouvido "Desculpa, eu te amo. Você sabe que é a única que realmente me faz bem." Palavras tão comuns e que machucam-na tanto. Lágrimas caem e tudo aquilo que lutara para esconder nos cantos mais remotos da mente vêm à tona novamente.
Uma sábia decisão merece ser tomada, mas ao que isso implicaria? A promessa de uma vida regada ao amor na sua forma mais pura? Extravagâncias. Exageros. Intensidade. Felicidade, e tristeza, extremas. Não haveriam barreiras e o limite seria imposto eles. Surpresas a cada palavra dita. A dor e a mágoa que isso traz... Compensam o brilho nos olhos e a sensação de plenitude? A outra escolha seria mais fácil. Um caminho mais seguro... Segurança? Não importa tanto quando o desejo grita mais alto.
O homem na sua frente guardava tudo que ela já sentira em sua vida. Ele lhe despertava ódio, assim como amor. Desprezo e admiração na mesma intensidade. Era sua ruína, mas sabia também que sem ele a vida seria enfadonha e incompleta.
Joga os braços ao redor de seu pescoço e sente que ele lhe abraça com força. Como sente-se segura naquele corpo.
- Eu te odeio.
Ele sorri e enxuga as lágrimas daquele rosto tão delicado.
- Nossa ligação vai além de qualquer sentimento humano como ódio ou amor, você sabe disso.


Beijos :)
(E bem vinda, Jackie :D)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

I'll Stop The World and Melt With You

Há um tempinho, eu revelei para um amigo meu que não acredito no amor. Mesmo assim, eu já amei uma pessoa, amei demais. Como pode fazer sentido? Se eu não creio no amor, não amei essa pessoa, só foi um sentimento, mas como pode ser amor se eu não acredito nele? Não faz sentido.
Não me importo com isso, mesmo sendo uma pessoa racional. Eu sei que era amor e que hoje o fato de eu não acreditar no amor significa que é um sentimento que se perdeu em mim. Não sei porque. Foram tantas decepções, tantas tardes chorando, tanto tempo tentando me recuperar e tirar o band-aid do meu coração que nunca mais fez sentido para mim. O amor é uma coisa ruim, é um sentimento que engana, faz você pensar que é a melhor coisa que podia ter lhe acontecido quando, na verdade, você só está amaciando uma queda.
Quanto mais decepções você sofre, mais duro você fica. Consigo mesmo e com o mundo. Conheço um taxista, cara muito bom, que dedicou 9 anos de sua vida a uma mulher. Tanto amor, tanto carinho... Até que ele ficou com câncer na garganta e ela se cansou dele. Hoje em dia, 12 anos depois, ele ainda é amargurado, tem sentimentos ruins e fala sobre isso com a emoção do dia em que foi abandonado. Valeu a pena? Tanto amor, os momentos bons que passaram, para agora viver nesse sofrimento que só vai ter fim quando ele encontrar outra pessoa para fazê-lo sofrer? Isso não faz sentido.
Acredito que eu queira alguém só porque é triste ser sozinho. E como diria Tom Jobim: "É impossível ser feliz sozinho". Concordo, mas ser acompanhado não quer dizer necessariamente que seja por um namorado. Pode ser de amigos, e hoje eu sou muito feliz por ter as pessoas que tenho na minha vida. Tento sempre me rodear de pessoas boas, que me conhecem e me querem bem. Senão eu não teria sentido. Poder dar risadas com eles é algo que eu não fazia muito quando "amava" aquela pessoa. Eu me isolava, achava que o amor que tínhamos era o suficiente. Não era, nunca vai ser.
Olho pra trás e vejo uma pessoa que não tinha mais brilho nos olhos. Mas ao redescobrir os desafios da vida, tentar vencê-los por mim mesma, não pelo amor de ninguém, me devolveu o que eu não tinha mais. Vale a pena sofrer para ter de volta a alegria que é viver.



Jackie Melo

Go!

Olá, eu sou o faxineiro do blog. Tiro o pó daqui de era em era.
Prometo escrever mais por aqui em 2010. Pulei até as 7777 ondinhas para reforçar a promessa.

Galera, ultimamente o site que permeia minha mente afetada é o Formspring. Coisinha chata, mas dinâmica. Afinal, a qualquer momento aparecem perguntas de cretinos anônimos dispostos a enrascá-lo socialmente.
Concluí que até para sobreviver no inferno é preciso ter classe e diplomacia.

F-Indy em São Paulo, bem ao lado da Marginal! Putaqueopariu, Kassab. Essa merda alaga todo dia, a pista do Sambódromo é de concreto e você ainda quer fazer os carros passarem por lá a 300Km/h? (desabafo, mas eu vou)

Show do Guns no mesmo final de semana da F-Indy. Certinho, tudo errado. Acho que nós, paulistanos, não somos mais a inteligência da América. Fomos contaminados pelos cariocas. (brincadeira)

Nova blogger por aqui! A Jackie é gente fina e escreve bem, gosto dela.

Deixarei vocês a sós com a nova companheira. Quando bater inspiração, posto algum poema novo.

Beijos na consciência.