domingo, 5 de dezembro de 2010

My Revolution*

Bons dias, caros leitores.

Será que o imediatismo é tão bom assim? A sociedade propaga um dinamismo que a própria massa da mesma não está acostumada. Perdem o controle e tornam-se robôs ou loucos. Agora tornou-se mais fácil parecer inteligente diante de todos. Basta ser você mesmo, sem influências hype.

Faz tempo que não escrevo. Devo aprender a escrever algo diferente de poesia senão a minha vida e este blog tornar-se-ão um completo tédio. Até porque não sou um poeta daqueles. Se nada der certo, viro cafetão da Peixoto Gomide.

Título: Don’t stop the music
Autor: Rogério Lima Corrêa

Notas invisíveis, suspensas pelo ar
Possibilitam sensível toque
Caso raro, fazer música assim
Inaudível - o zunido de sua presença

Versa, aura. Toque, solo
Tic-tac, um compasso 8x8
Mais uma guitarra aguda,
Mais dia, menos tempo
A música é curta; duelo
De egos, base, técnicas
Experiências contidas (ou reprimidas)
E o inferno chega mais perto
Com os anjos caídos de um rock
Agressivo, dotado string compulsivo
Nos condena a um calor obssessivo
A cada infeliz momento que as malditas
Notas invisíveis chocam-se umas com
As outras
Outra vez
Mais tempo, mais dia
Exista mais, quem diria
Viva sem mais, poesia
Arte não, instinto;
Logo seu toque choca-se ao meu
Som, e todas as guitarras que prometiam
Um grande show cumprem seu papel:
Chocam-se às caixas, explodem
A moral, as grades de proteção
Incendeiam os vícios, em gotas
De suor incontido
De novo, zunido
Novo, por instinto
Don’t stop the music, repeat
Diferencial nosso – distinto.


Está sem edição, mas achei tão bonitinho que vai ficar assim.

Abraços, beijos e afagos.

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*Título: "My Revolution, música da Misato Watanabe (1986)"