quarta-feira, 19 de maio de 2010

Coisas que o tempo não apaga, apenas modifica o .doc ou .txt

Bons dias, pessoal.

Neste post, deixo para apreciação algumas obras inacabadas. In fact, muitos dos versos abaixo mostrados fazem parte de outras obras registradas. De minha autoria, claro.

Sem título (2006)
Autor: Rogério Lima Corrêa

Deixa-me tocar teus versos então
Percorro-te com minhas intenções
Assim como as plumas desfalecem
Sobre ti revelam-se emoções

Em meio à tempestade estamos
Trazemos confusão ao firme leito
Olhar teu entre movimentos nossos
A tempestade grita nossos nomes!

Semeamos amor
Juntos repousamos, alimentando
Tempo, tempo, tempo; sem mais sussurros
Juntos à tempestade, gritando

=

Autor: Rogério Lima Corrêa
Título: Ilimitações do ser (2007)

(Potência desvairada
Contente por
Descontentamento)

Faculdades do falso ser
Intenções dúbias para anjos
De justiça
Sonora
Que se esvai
E decompõe o vazio
Completo,
Tempestuoso,
Gritante
Consumindo a carne em voraz angústia
Perplexa com paixões
Complexa no ilimitado
Consumado está.

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Depois de um poema decente em inglês , alguns rascunhos para detonar a expectativa por algo maior. Calma, calma... Você é mais velho (a) que eu e pode esperar mais. Abraços

Broken Truce

(Da série "Rogério Char e seu intermediate-advanced english semi-compreensível")

Título: Broken Truce
Autor: Rogério Char

(Part 1 - Dreams Come True)

Spill out the petals from
The constellation of your silence
Rise, there's something between us
Raging like a storm in a vacuum

One more turn and we're down
Against childish indecisions
Spike 'em and leave the rest up
To the winds of deep insanity

Despair - a promise never declaimed
Time is passing me by
Changing the way I feel about mankind
Wind's like a friend right now

(Part 2 - Full Open Heart Breakthrough/ Panic)

Can I show the face of your life?
Can I shine the eyes of your days?
Can I be your shield and your knife?
Then I'll guide you in many ways

Too late, you cannot stop anymore
Oddity remains the same, name of the game
Our deep locked hearts are all going down
Falling! Under an open scream of a broken truce

(Part 3 - Thrusters-like candle eyes)

Something's wrong then, such intensity
What's going on with common sense?
Time to defy the stars, those windy illusions
Encountering each other, beyond the time

I'm staring at the dazzle
Giving up the frozen moon
To a long, deep, suicide
Flaming forbidden waltz

These words aren't powerless
Heartbeat now is for real
I'm not alone anymore
Now that you're here with me


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Um grande abraço a todos. Novos textos estão nascendo.
(Ah sim, o nome Rogério Char é registrado, gente!)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Faz sentido.

Olhando novamente para o nada? Cá entre nós, pouco nobre mirar um pedaço de cor morta usando, na verdade, esta sua franzida e forçada linha junto a sobrancelha.
Espere, cale-se. Não há homem que não se torne às lágrimas. Pense bem, seu corpo me leva a conclusões mórbidas, tal como se fosse uma corredeira de grãos de areia desfacelando pelo sofá. Que tristeza, hein? Quer mais?
O pior neste caso é o fato de você estar viva. Suicida de terceira linha, daquelas que formulam clichês bem aceitos. Nada pode ser feito, você está condenada a vagar com os olhos frente ao corpo. Ou corpos. Quem mandou não fazer o que poderia ter sido feito? Vice-versa idem, estagnada e constante do meu tédio.
Nas últimas noites, confesso, você fez o certo. Envolveu-me com o ápice de suas mentiras amanhecidas. Sabedoria e coragem. Gritou alto que eu estava sob o seu domínio, mas sequer consegui enxergá-la. Alma penada! Perdeu a voz.
Aceita um café? Vamos sair depois? De que adianta mover meus braços para destinos incertos como se fosse um robô se nada do que pretendo para com a sua pessoa faz sentido? Apesar do desejo, minhas mal traçadas linhas de lamento não deixariam eu me tornar o demônio da sua não-existência. Haja ego, pecador.
Menina dos olhos de vapor, levante-se. Um momento a mais de prosa e teremos o triste fim de todos os casais que nunca o foram. Por fim, antes que haja aurora e despertar deste sonho, saiba que tudo isto faz um sentido danado. Porque sabemos bem que danado é o condenado. E que eu hei de desfrutar desta prisão como se fosse a minha casa. Amém.


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...?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

I think that this must be the place.

  Hoje, depois de muito tempo querendo manter distância de lembranças que me doíam, eu criei coragem e fui ver o blog do meu ex-namorado. O blog e o Facebook. Hesitei, hesitei muito mesmo antes de fazê-lo, já que me deparei por acaso com uma pessoa que eu havia eliminado completamente da minha vida. A dependência que eu tinha por ele me fez mudar a pessoa quem eu era, me fez uma menina tímida, triste e que tinha dificuldade em se encontrar.
  Eu dizia pra ele "Mas Joãozinho*, será que um dia eu vou encontrar meu lugar no mundo? Quando vou parar de me sentir perdida?". Tudo que ele dizia era "Eu vou te ajudar". Que resposta mais medíocre! Na época, era uma prova de que a gente ia durar pra sempre. Hoje, é uma prova de que eu realmente era idiota.


  Enfim, dei de cara com a vida dele. Respirei fundo, a curiosidade me corroía as entranhas e eu não sabia o que aconteceria se eu entrasse novamente naquele mundo que eu queria esquecer, apagar e nunca mais ter que encarar na minha vida. Tinha medo de chorar, de ficar triste, de me lembrar de tudo, TUDO que eu queria que fosse desintegrado.
  No fim das contas, acabei abrindo a porta da ante-sala que eu temia. Primeiro, o Facebook.       Fui direto nas fotos e vi ele com sua nova namorada. Isso não me machucou como eu previa, já que não sinto nenhuma falta de ser a menina ao lado dele. E sei que aquela jovem (10 anos mais nova que ele, por sinal) oriental vai crescer e vai se perguntar se estar ao lado dele foi mesmo a decisão certa a ser tomada. Mas eles pareciam um casal feliz. Então parei, pensei sobre o meu relacionamento atual e me dei conta de que se eu quero ser feliz com quem estou, devo desejar a felicidade dos outros. Devo lembrar que também gosto de ser o casal feliz da foto.


  Depois que percebi que não iria me aborrecer, resolvi entrar na sala de estar dele; o blog pessoal. Ele escrevia textos ótimos, sempre admirei a qualidade e acompanhei. Li apenas 2 textos, eram os únicos que haviam sido postados desde janeiro de 2010. Me decepcionei um pouco, eram temas um pouco frívolos em comparação aos antigos. Pensei comigo mesma "Valeu a pena? Eu me senti melhor, pior ou igual?". Me senti igual, percebi que todos aqueles sentimentos ruins e mágoas passaram, que namorá-lo me ensinou coisas importantes sobre relacionamentos e sobre mim mesma. Percebi que afastá-lo de mim foi uma decisão certíssima, que me ajudou a esquecer a menina perdida que eu era. Me ajudou a ver que o único jeito de me encontrar seria sozinha, ninguém pode ajudar ninguém com isso. É uma busca pessoal, você não pode estar suscetível às opiniões alheias. Tudo deu certo no final, exatamente como ele previa. Percorri um longo caminho até encontrar minha felicidade, mas valeu a pena.


  Não sei muito o que dizer a partir daqui, sei que essa foi uma experiência enriquecedora, me senti um Megazord depois dessa. Tinha que contar pra alguém, né!
                                              




  Conselho pra quem tá lendo este texto: nunca troque seus amigos pelo/a namorado/a, nunca se coloque em segundo lugar, nunca comece a namorar antes de ter certeza do que você quer. São essas as maiores e mais abrangentes conclusões que eu tirei. Se você, de alguma forma, se sente em alguma dessas situações, pense muito sobre o que você quer lembrar e ser no futuro.




* O nome da pessoa foi trocado para manter sua identidade oculta, óbvio. 


  Espero que você goste! É simples, mas é de coração! =D