quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nobody knows you when you're down and out*

Ultimamente estou escrevendo um bocado. Infelizmente, nada útil ou publicável devido a minha péssima fase criativa. Voltarei a estudar, frequentar alguma roda intelectual para ver se este cenário muda de alguma forma.
Furthermore, o blog ficou um bom tempo parado (novidade para quem?). Explico: estou me dedicando totalmente a dois projetos. Um deles será registrado e postado aqui no início do mês que vem. O outro... Se lembra do livro que eu tanto quero lançar? Pois é.


Recentemente passei por um apuro, tentaram me assaltar. Felizmente a sorte me acompanhou. Inspirou-me. Já pensou se o episódio, além de ser visivelmente vantajoso para mim (como foi evidente hahaha), fosse assim?:

Título: O assalto
Autor: Rogério Lima Corrêa

Ponto. Cruz e ponto
Da discórdia a redenção
Qualquer dia seco e voraz
Crucifica a mais bela intenção

Versa, aura adaga. Hoje eu sou A Noite
Discordo. Secante ruído
Mais pontos ao tempo
Que disseca sem pestanejar

Decompõe-se rápido, mas quem disse?
A vida não é fácil. Abordagem
Retalhos de um momento retorcido,
Audaz, eu não quero. Ruído

Corte. Pontua o seu coração, seja vil
Não seja em minhas mãos
Veja, o dia desaparece
Como seu corpo sobre o meio-fio

Sorte, azar ou situação:
As fúteis pérolas da coragem
Vazio. Eu não quero ser
A Noite. Dissecada

Almada. Eficaz esperança
Prostituída, somado um toque
De interesse penumbral
Chega-se à justiça sustentável

Afável. Certo carinho noturno
Audaz. Ponto para a vida
Somente um de nós sobreviveria
Ao vazio. O outro transborda

Sangue novo, o seu terá destino
Todos vão para perto do esgoto, afinal
Peço desculpas. Peço tempo
Desde que não seja outra noite

Objetividade com toque
Seco. Cruz e retalho!
Como seu corpo sobre o meio-fio
Decomposto está. Amém.

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Abraço o escambau. Não sou urso de loja de brinquedos.

-

* Letra de Jimmy Cox. Ano: 1923. Interpretada por Eric Clapton. Liza Minelli, Janis Joplin, entre outros.

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