sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pai nosso, Marginal

Nuvem de chão, poeira mista
Detritos perpendiculam a via:
Paralela, expressa, tangente
Nasal – talvez fatal – principalmente

Nariz de palhaço – uma doce ilusão
Cosmopolita versus realidade
Todo mundo usa, alinhado
Brake lights acesos na noite Marginal

Modo incomum de falar à multidão
Sem voz alguma, apenas buzina
Ao próximo, buzina e ronco;
Duelo de impotentes afetados pelo stress

Stress! Bem lembrado e lamentado
Seduz e convence homens sãos
Torna touros todos os cidadãos
Enraivecidos, prontos a serem abatidos

Stress! De sobrenome Sol
“Calor”, seu cumprimento matutino
Missão na Terra: desunião
Inimigo: preciosos analgésicos

Fumaça, fuligem, glossário do Fu
Fusca carroça e seu motor nada polido
1500 cilindradas e um dono 1500
Vezes menos inteligente – o carro enguiçou

Novamente enfileirados, sociedade
Organizada, de incompetência engravatada
Culpa do Fusca e seu motorista
Porque todo cidadão tem seu papel

Mais fumaça, poeira, discussão?
Engarrafamentos e aroma Tietê?
Espalhe a boa nova aos presentes
Porque finda agora o expediente

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Bem, não preciso contar novidades, afinal a minha vida pelo visto virou jornal. Só tem uma coisa que me deixa indignado até hoje: lembram-se daquele poema dividido em 20 dias? A "dona" que me inspirou sequer dá a mínima pra mim. Amizade pelo visto tem prazo de validade. É f***...

Beijos e obrigado pela visita!

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